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Desemprego assusta os mais jovens e as gerações acima de 50 anos

Na última década, o Brasil beneficiou mais de 2,2 milhões de desempregados apenas nas duas ocupações mais críticas do mercado de trabalho: jovens e profissionais com mais de 50 anos. Na nova geração, entre 18 e 24 anos, 1 em cada 4 está desempregado. Por outro lado, estima-se que 880.000 mais de 50 pessoas perderam seus empregos durante esse período. Ao todo, são 7,6 milhões de desempregados na faixa etária de 14 a 29 anos e com mais de 50 anos, segundo estudo da Consultancy Dados.

Hoje, essas duas gerações são as mais atingidas. O que sobra de um está faltando. O que há de novo, apesar de estar em dia com a tecnologia, eles não têm as informações que as empresas estão pedindo. As pessoas mais velhas, por outro lado, têm mais experiência e experiência de trabalho, mas muitas vezes são alvo de xingamentos implacáveis.

No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego dos brasileiros entre 14 e 17 anos foi de 36,4% – ou seja, mais de um terço da população estava desempregada, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para aqueles entre 18 e 24 anos, os preços caíram ligeiramente, chegando a 22,8%. Para os idosos, esse percentual é muito baixo, estimado em 7%, mas dobrou nos últimos dez anos.

Em 2012, segundo IDados, o número de desempregados com mais de 50 anos era de 508,9 mil pessoas. Hoje, 1,4 milhão de pessoas querem se mudar. A expectativa é que o grupo continue crescendo nos próximos anos devido às mudanças nas leis de Segurança Pública, afirma o analista de pesquisa Bruno Ottoni. Com o aumento da idade de aposentadoria (62 anos para mulheres e 65 anos para homens), as pessoas precisarão permanecer mais tempo no mercado.

Embora a taxa de desemprego no grupo seja baixa, comparada à média nacional de 11%, os números escondem uma situação complexa. Sem oportunidades, muitos desses trabalhadores deixam de procurar emprego e vivem uma vida de má conduta ou tentam ser empreendedores. Há também os chamados “outros nem nem”, que estão desempregados, desempregados e não se aposentam.

‘Etarismo’

De acordo com a gerente sênior da Catho, Bianca, os trabalhadores sofrem com a velhice. Acredita-se que os profissionais mais velhos não conseguem acompanhar a tecnologia. É por isso que ele diz que os empregadores são cautelosos em contratar essas pessoas, mesmo que tenham experiência.

Bianca diz que existe uma organização, ainda tímida, de construir programas e programas que promovam o emprego desse grupo de pessoas. O objetivo é apoiar, valorizar as atividades e melhorar a diversidade cultural. O Elfa Group, uma empresa de soluções e serviços de saúde, criou no ano passado o programa Senior Talent para atrair e engajar profissionais na faixa dos 50 anos ou mais. Hoje, a idade média em uma empresa é de 27 anos.

O primeiro ano deste programa teve mais de 1.000 inscrições para oito vagas. “É um processo que exige certo conhecimento”, disse o diretor de Pessoas e Gestão da empresa, Fred Lopes. Especialistas são empregados nas áreas de recursos humanos, TI, comercial e digital. Eles estão todos em posição de gerenciar e coordenar. Este ano, novas eleições devem ser realizadas no segundo semestre.

“A população está envelhecendo, mas com expectativa de vida. Então, tenho que estar preparado para essa mudança”, disse Lopes. Segundo o IBGE, em 2060 as pessoas com 65 anos ou mais representarão 25% da população do Brasil e chegarão a 60 milhões.

Segundo o diretor do FGV Social, Marcelo Neri, a visão da nova geração é um pouco melhor no longo prazo. “Os últimos dez anos foram muito difíceis para os jovens (de 2014 até agora, eles perderam 14% de sua renda), mas acho que a mesa está virando para eles. Com a digitalização e a mudança de espaço, eles serão muito apreciados. “

Essa geração, diz Neri, passou por uma transformação radical na educação e tem um nível de educação muito superior ao de seus pais. O problema era que isso não significava desenvolvimento de produtividade, ou seja, não era pré-existente em termos de colocação profissional, explica Neri. Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), esta é uma geração mais pobre do que seus pais. Isso ocorre porque o número de empregos de nível médio com altos salários caiu.

Um exemplo é o jovem Gustavo Henrique. Ela tem 20 anos e não consegue emprego por falta de experiência. Ele fez várias entrevistas, mas é sempre bloqueado por esse motivo. Atualmente estuda planejamento para desenvolver seu currículo e entrar no mercado.